barco pescador
Dormem na praia os barcos pescadores
Imóveis mas abrindo
Os seus olhos de estátua
E a curva do seu bico
Rói a solidão.
Sophia de Mello Breyner Andersen
FOTO:
Porches
agosto'13
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Dormem na praia os barcos pescadores
Imóveis mas abrindo
Os seus olhos de estátua
E a curva do seu bico
Rói a solidão.
Sophia de Mello Breyner Andersen
FOTO:
Porches
agosto'13
Capela de Nossa Senhora da Rocha.
"Subsistem muitas dúvidas acerca das origens da capela de Nossa Senhora da Rocha, bem como do presumível forte que, inicialmente, aqui existiu....
A actual configuração do templo é de difícil catalogação. Por um lado, reaproveitaram-se capitéis tardo-antigos, o que pressupõe uma construção em plena Alta Idade Média. Por outro, as sucessivas obras de embelezamento e de pintura, a par da inexistência de escavações arqueológicas, impossibilitam uma mais rigorosa análise do monumento, o que contribui para as dificuldades de datação e de contextualização estilística da obra.
...
A capela compõe-se de dois espaços essenciais: um narthex rectangular, aberto ao exterior por uma arcada tripla assente em colunas e dois capitéis coríntios datáveis dos séculos III-IV, altura a que devem corresponder também as bases das colunas; e o corpo, quadrangular e coberto por uma cúpula oitavada dominante, sem paralelos aparentes na restante arquitectura religiosa regional. No interior, esta cúpula é coberta por tecto de madeira e articula-se com o retábulo moderno, tripartido, que se ajusta à parede nascente.
...
Parcialmente restaurada pela DGEMN, na década de 60 do século XX, o local continua a aguardar um projecto de investigação coerente e alargado, que permita responder às múltiplas questões que se colocam sobre este insólito monumento."
texto retirado do IGESPAR
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Porches
agosto'13
Ermida Nossa Senhora da Rocha, Porches.
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Porches
agosto'13
Lenda da Capela Nossa Senhora da Rocha
"...Quando a capela começou a ser construída os homens dos trabalhos que tinham as ferramentas deles e todas aquelas coisas começavam as escavações num determinado sítio, e todos os dias deixavam as coisas naquele mesmo local. No outro dia quando voltavam para recomeçar a trabalhar não estava ali nada, e estava mais abaixo, mais na pontinha da Rocha. Eles agarravam nas peças, nas ferramentas todas, nas enxadas, naquelas coisas todas e começavam os trabalhos no sítio que estava destinado para construir a capela. Chegado ao fim do dia voltavam a fazer a mesma coisa, deixavam as ferramentas. Quando regressavam no dia seguinte estava tudo novamente lá em baixo, na pontinha da Rocha. Isto aconteceu durante uma semana inteira. Pronto, chegaram à conclusão de que realmente havia ali qualquer força maior, que fazia com que… dava a entender que a capela não podia ser construída ali naquele sítio. A Nossa Senhora não queria a capela ali. Construíram a capela então no sítio onde as ferramentas estavam a aparecer todos os dias. E a partir da altura em que eles deixaram de fazer as escavações no outro local, as ferramentas nunca mais desapareceram, nunca mais mudaram de sítio..."
texto retirado do Arquivo Português de Lendas
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agosto'13
Praia da Cova Redonda, Porches.
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Porches
agosto'13
Praia da Cova Redonda, Porches.
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Porches
agosto'13
"As flores refletem bem o que é o amor. Quem deseja possuir uma flor, irá ve-la murchar. Mas quem olhar uma flor no campo, terá esta beleza para sempre."
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Porches
agosto'13
A uma Oliveira
Velha oliveira, ó irmã do tempo e do silêncio,
algo de ti se me tornou hoje perceptível;
algo que eu não conhecia e me fez parar
na ténue sombra que teces no caminho;
algo que é uma doce corola de contacto.
Já os passos da luz se afastam na colina
e um rumor de pérolas quebradas
desce, lentamente desce por toda a serrania.
Já as aves tuas amigas procuram na folhagem
a doçura acumulada nos favos da noite.
E também já são horas
de nós os homens, nós os que passamos,
suspendermos as cítaras do pensamento.
Entretanto, ó canção do crepúsculo, velha oliveira,
eu paro sob os longos cílios da tua ramagem.
Paro e, ao sentir nas mãos o teu enrugado tronco,
e, nos olhos, a serenidade das tuas folhas,
começo a entender uma bela mensagem:
a paz, ah a paz!, a rosa da paz.
É como se uma gota de azeite descesse,
brandamente descesse pelas coisas.
António Cabral
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Porches
agosto'13
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Porches
agosto'13
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