possuo asas acostumadas ao alto do céu
Dá-me espaço para viver.
Não sufoca não.
Sou ave de rapina, possuo asas acostumadas ao alto do céu.
Tenho canto extenso, mundo largo, habituado a ser visto de longe.
Portanto, não pretenda amarrar meu coração.
Não queira usar gaiolas para minha canção, tenho em mim a força da poesia entoada.
Sonho muito…
Enxergo o horizonte em infinitas perspectivas.
Grades não detêm alma destinada a dedilhar intensamente letras em papel.
Preciso de ar, sou amigo do vento, errante das estrelas.
Não me queira com pés ancorados.
Vou, mas volto; só não anseia saber quando!
Renata Resende
♥ FOTO | Zoomarine| agosto'16 ♥