Pela estrada fora...
... percorrendo a estrada rainha de Portugal!
Portugal é um país pequeno mas é atravessado por uma das maiores estradas nacionais do mundo. São 738,5 quilómetros de comprimento que une um território, entre serras e planícies, rios e lagos, um imenso património histórico repleto de monumentos majestosos e paisagens deslumbrantes. Encontramos paraísos escondidos, cidades históricas, miradouros encantadores e deslumbrantes praias fluviais. Um percurso diversificado para conhecer as tradições e costumes de Portugal. É igualmente uma viagem pela sua riquíssima e deliciosa gastronomia.
Partamos, então, à descoberta!
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Chaves é o ponto de partida. Situa-se junto ao Alto Tâmega com fortes raízes termais que vêm já da época romana.
Beber um copo de água quente no parque termal. Brindemos ao inicio da nossa viagem. Tchim, tchim!
O lendário marco que sinaliza o Quilómetro Zero da EN2 encontra-se numa rotunda junto ao Jardim Público de Chaves. É praticamente obrigatório a foto da praxe antes de se fazer à estrada.
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Segue-se Vidago ao quilómetro 17. Aqui podemos visitar o parque do Hotel Vidago Palace, percorrendo os seus jardins durante trinta minutos, não esquecendo de provar a famosa água de Vidago, na Fonte I.
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Ao quilómetro 30 paragem obrigatória para visitar o Parque Termal da vila de Pedras Salgadas, passear no seu tranquilo e verdejante parque e experimentar a sua água gaseificada, extraída na hora e diretamente da Fonte das Pedras Salgadas.
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Segue-se Vila Pouca de Aguiar, ao quilómetro 37, denominada de “Capital do Granito", rodeada de paisagens serranas da Padrela e do Alvão.
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Descemos a estrada e chegamos a Vila Real, a capital do distrito de Trás-os-Montes e Alto-Douro, que nos espreita entre as serras do Alvão e Marão ao quilómetro 64 e é banhada pelos rios Corgo e Cabril.
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Por entre curvas e muitos socalcos, colinas abaixo, chegamos à zona do Douro Vinhateiro, deslumbrando uma paisagem única que é Património Mundial da UNESCO.
No quilometro 81 encontramos uma bonita e pacata vila, Santa Marta de Penaguião, muito afamada pelos seus apreciados Vinhos e envolvida por socalcos encosta abaixo, encosta acima, com a bênção da Padroeira da Região Demarcada do Douro que aqui se venera.
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Segue-se a cidade do vinho, ao quilómetro 88, Peso da Régua que ladeia a margem direita do rio Douro com paisagens únicas de socalcos, monte acima, monte abaixo, obra magnifica que resulta do trabalho árduo das suas gentes, que ao longo dos anos as esculpiu, plantou as vinhas, colheu as uvas e produziu os vinhos, incluindo o famoso e único Vinho do Porto.
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Começar o segundo dia desta aventura atravessando o rio Douro rumo a Lamego.
A caminho de Lamego, antes da saída para Souto Covo, chegamos ao quilómetro 100.
No quilómetro 104 espera-nos Lamego, uma cidade monumental com uma importante história militar e religiosa, sendo as famosas Festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios (entre Agosto e Setembro) uma das maiores festas populares da região e do país.
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A caminho de Castro Daire passamos pelo alto de Bigorne, o ponto mais alto da EN2, com cerca de 980 metros de altitude...
...e pelo Santuário da Nossa Senhora da Ouvida, localizado num planalto em Monteiras.
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É no quilómetro 136 que encontramos a pitoresca vila de Castro Daire, rica em património histórico, perdida no meio de montanhas e serras. A região envolvente está repleta de encantos naturais, com uma biodiversidade muito rica, dada a sua proximidade com a Serra de Montemuro e com o Rio Paiva.
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Viseu, cidade do lendário Viriato, terra de muitos encantos, quer naturais quer históricos, espera-nos ao quilómetro 172.
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Continuando a aventura, ao quilómetro 197,5 a estrada entra no coração de Tondela, uma cidade serena ladeada de verdes montanhas onde se respira calma, tranquilidade e pureza da natureza. Segundo a lenda durante as batalhas da Reconquista, uma mulher no cimo do monte vigiava o movimento dos mouros e usava uma corneta quando os avistava, alertando o povo da aldeia que, assim, ao "tom della" se juntava para enfrentar o inimigo, dai provém o nome da cidade de Tondela.
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No terceiro dia acordamos em pleno coração da Beira Alta, no quilómetro 213, em Santa Comba Dão, nas margens do Rio Dão. Famosa por ser a terra natal de António de Oliveira Salazar, aqui a história e a natureza alinham com a tradição e a modernidade, numa envolvência tranquila e harmoniosa repleta de romantismo.
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Nos limites dos concelhos de Penacova e de Mortágua, ao quilómetro 227, situa-se a Barragem da Aguieira, também denominada de Barragem da Foz do Dão, é uma das mais emblemáticas barragens portuguesas. Com a sua construção parte da EN2 ficou submersa sendo necessário entrar na IP3.
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Antes de chegar a Penacova a Livraria do Mondego é paragem obrigatória. Este monumento natural geológico deve o seu nome à semelhança da formação rochosa com a disposição de livros numa estante, proporcionada pela verticalidade de altas assentadas de quartzitos ordovícicos, bastante fraturadas.
Um pouco mais à frente, ao quilómetro 238, chegamos a Penacova, que se diz "ter bom ar". Aqui além da sua gastronomia com iguarias únicas, como a lampreia, os peixinhos do rio e a chanfana e dos seus doces conventuais que são uma herança do talento das monjas do Mosteiro de Lorvão, é também uma terra abençoada pela mãe natureza, repleta de encantos, que convidam a agradáveis passeios entre rios e moinhos de vento, como afirmou o poeta David Mourão Ferreira um "admirável panorama de água, pinho e penedoa".
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Chegados a Vila Nova de Poiares, ao quilómetro 248, encontramos uma pacata vila, que se diz ser ser "um concelho com futuro", apostando num crescimento e desenvolvimento em equilíbrio com o seu passado.
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A caminho de Góis, mais ou menos ao quilómetro 256, passamos no Miradouro da Lousã, assinalado com o típico marco amarelo comemorativo dos 75 anos.
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No quilómetro 270 encontramos uma encantadora vila escondida no interior de Portugal: Góis. Com uma geografia muito própria, é muito conhecido pelas suas praias fluviais, montanhas e serras. O seu vasto património histórico são testemunho da importância desta encantadora vila em outras épocas. O Rio Ceira, de águas calmas e transparentes, acompanha-nos ao longo de grande parte do passeio pela vila.
Não se pode sair de Góis sem experimentar as Gamelinhas da Pastelaria Kentidoce, localizada no centro da Vila.
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Junto a Alvares, ainda no concelho de Góis, encontramos o marco que assinala o quilómetro 300.
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Montanha acima e montanha abaixo, depois de incríveis curvas, chegamos a Pedrógão Grande.
Ao quilómetro 317 chegamos a uma vila bonita e tranquila. No seu centro histórico encontramos graciosas ruas e ruelas, sendo que em algumas ainda são visíveis vestígios medievais.
A principal riqueza do concelho é o seu património natural, das montanhas envolventes passando pelo grandioso rio Zêzere e pela Ribeira de Pera.
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Um pouco mais à frente, ainda no Concelho de Pedrógão Grande, no quilometro 326, podemos observar, a partir do Miradouro do Cabril, a imponente Ponte Filipina do Cabril , construida durante o século XVII. Inserida no Vale do Zêzere e confluência da Ribeira de Pera, faz deste cenário um dos mais belos postais da região. Durante anos esta ponte foi de uma importância extrema para todos aqueles que pretendiam transpor as margens do rio e fazer o trajecto entre Predógão Grande e Predógão Pequeno. Até à construção da barragem do Cabril, em 1954, o trajecto sinuoso e declivoso, mas de indescritível beleza, da estrada nacional 2 fazia-se por esta Ponte Filipina.
Logo a seguir passamos na Barragem do Cabril, inaugurada em 1954, que é uma das maiores barragens portuguesas, originando uma das maiores reservas de água doce do país.
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Ao quilómetro 328 chegamos à aldeia de Pedrogão Pequeno, que se diz ser a "Jóia da Beira", situada na margem esquerda do rio Zêzere, muito perto da barragem do Cabril e que faz parte da rede das Aldeias do Xisto do centro de Portugal.
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A Sertã marca a estrada nacional 2 ao quilómetro 345. Uma pacata e simpática vila, muito conhecida como a terra do maranho é banhada pelas albufeiras do Rio Zêzere, combinando a paisagem verde da serra de Alvelos com o azul do rio. São muitos os mitos e lendas deste antigo povoado do Pinhal Interior. Situada bem no Centro de Portugal, no distrito de Castelo Branco, num bonito vale banhado pela Ribeira da Sertã.
Tem como principais patrimónios arquitectónicos o Castelo, a Igreja Matriz de São Pedro e a ponte romana.
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Ao quarto dia, quase a meio desta aventura cruzamo-nos com o exacto Centro de Portugal no alto da Serra da Melriça: o "Picoto da Melriça", que assinala precisamente o Centro de Portugal, em termos de coordenadas geodésicas.
No chão do miradouro existe uma Rosa dos Ventos onde estão apontadas as várias regiões que de lá se avistam.
Numa breve visita ao Museu da Geodesia podemos observar diversos instrumentos de medição e conhecer algumas histórias dos homens que fizeram as triangulações.
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Um pouco mais à frente, ao quilómetro 366, chegamos à Vila mais central de Portugal: Vila de Rei, pois se dobrarmos o mapa de Portugal Continental simetricamente em quatro partes encontramos Vila de Rei na união das dobras.
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Depois de Vila de Rei, já na descida para o Penedo Furado, encontramos o marco do quilómetro 369 pintado a branco no meio da estrada. Estamos exactamente à mesma distância de Chaves e de Faro.
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Antes de chegarmos à idílica praia do Penedo Furado temos paragem obrigatória no Miradouro das Fragas do Rabadão e no Miradouro do Penedo Furado para um pequeno passeio apreciando as paisagens deslumbrantes. No Miradouro do Penedo Furado podemos observar o rochedo gigantesco, com uma enorme abertura de formas afuniladas, que deu o nome à praia.
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No final da descida chegamos a um autêntico paraíso: à Praia Fluvial e Cascata do Penedo Furado. De águas límpidas e cristalinas, bastante arborizada, esta praia e toda a zona envolvente é um autêntico paraíso. Para além da Praia Fluvial, o Penedo Furado contém uma belíssima queda de água. Fazendo um pequeno percurso ao longo do passadiço de madeira, apreciando a vegetação exuberante, chegamos à cascata onde as suas águas terminam num trecho calmo do ri que forma uma pequena piscina natural.
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Ao quilómetro 386 chegamos ao Sardoal que se diz ser de "terra pura". Nesta vila, onde o amarelo contorna as bordas das casas brancas, reina a pacatez e a tranquilidade. No seu Centro Histórico encontramos bonitas ruas e ruelas floridas.
Não se pode sair do Sardoal sem experimentar as Tigeladas do Sardoal na Pastelaria Sabores do Ti Pereira, localizada no centro da Vila.
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Ao qulilómetro 404 chegamos a uma cidade que respira história: Abrantes. Aqui chegamos ao Rio Tejo, depois da ponte entramos no Alentejo.
É uma cidade bastante tranquila muito ligada ao mundo militar.
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Ao quilómetro 430 entramos no concelho de Ponte de Sor e, assim, chegamos ao Alentejo. Ponte de Sor, que se diz ser “um concelho vanguardista, um traço de qualidade”, é cidade pacata repleta de arte urbana, são vários os murais com pinturas extraordinárias, um cenário de arte do presente em perfeita sintonia com a história, a tradição e a natureza.
A partir daqui as curvas que nos acompanham desde o Vale do Douro, dão lugar às famosas rectas do Alentejo.
Depois de Ponte de Sor deparamos com um dos troços mais bonitos da EN2. Até chegar à Barragem de Montargil, a estrada segue paralela à sua magnifica albufeira, muitas das vezes cercada por densas árvores que formam como que um túnel natural de sombras refrescantes.
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Avis surge ao quilómetro 466, embora a distância da Vila de Avis à Nacional 2 seja ainda considerável. Guardiã de um basto e interessante património histórico, esta pacata vila alentejana, vale a pena a visita.
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Já no Alto Alentejo chegamos ao oásis alentejano, o lugar ideal fazer uma pausa para refrescar e relaxar na magnífica albufeira, conhecida pelas suas águas bem azuis resultantes das águas que fluem no rio Sôr. A EN2 acompanha a albufeira durante vários quilómetros ladeada por verdejantes árvores que juntas formam um túnel natural e refrescante. Mais à frente, no quilómetro 462, temos paragem obrigatória no Café da Bomba para comprar as deliciosas empadas de Montargil.
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Ao quilómetro 476 chegamos a Mora, que é, como tantas outras, uma bonita vila alentejana!
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A 12 quilómetros de Mora, no quilómetro 488, atravessamos a pequena aldeia de Brotas. Nesta bonita e pacata aldeia, de grande e invulgar beleza, destaca-se o seu Santuário, dedicado a Nossa Senhora de Brotas e a "Barroca de Nossa Senhora de Brotas" que consiste num corredor de casas do século XVII, situadas antes da Igreja que pertenciam a várias confrarias e serviam para albergar os peregrinos que visitavam o Santuário. Hoje estas casas, repletas de histórias, são um pitoresco alojamento denominado de "Casas da Romaria", onde a história e um mundo de memórias permanecem em cada recanto.
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Já no quinto dia de viagem, depois de Brotas, chegamos à aldeia de Ciborro, que fica no redondo quilómetro 500, cujo marco está colocado em cima de um muro, para lhe dar mais visibilidade e condições de preservação.
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Montemor-o-Novo encontra-se no quilómetro 520. Desta bonita localidade, repleta de história, destaca-se o complexo medieval do Castelo de Montemor-o-Novo, onde recuamos no tempo e entramos noutra época, percebendo desde logo que este foi em tempos um castelo muito imponente. Reza a lenda que terá sido na fortaleza de Montemor-o-Novo que Vasco da Gama delineou o caminho a percorrer na Travessia Marítima para a Índia. Vale a pena a visita!
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Ao quilómetro 533 passamos por Santiago do Escoural. Esta pacata localidade do concelho de Montemor-o-Novo, tornou-se famosa pela Gruta do Escoural, que outrora terá servido de casa aos nossos antepassados. Recomendo uma breve paragem no “O Cholinha” para um petisco ou simplesmente um refresco.
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No quilómetro 551 chegamos a Alcáçovas, uma pequena vila situada na imensa região Alentejana, cercada por vinhedos e olivais, plena de história, tradição e paz de espírito, onde são muitos os vestígios da arquitectura árabe nas suas ruas e edifícios.
Do seu bonito e interessante Património, destacam-se as Igrejas, a Capela de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida por “Capela das Conchas”, as Ermidas, o Convento de Nossa Senhora da Esperança, a Ponte Medieval de Pedra da Ribeira e o imponente Paço dos Henriques, que foi residência real de Portugal no séc. XIV.
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Um pouco mais à frente, ao quilómetro 565, chegamos a Torrão, a princesa do rio Xarrama.
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Ferreira do Alentejo surge ao quilómetro 595. Aqui encontramos uma terra repleta de encantos onde a história se mistura com as lendas e as tradições preservadas ao longo de séculos. Esta bonita vila alentejana é conhecida como a “Capital do Azeite” oferecendo uma gastronomia muito rica em aromas e sabores.
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Antes de chegarmos a Aljustrel passamos pelo quilómetro 600.
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No sexto e último dia da nossa já longa viagem acordamos em Aljustrel no quilómetro 619. Esta bonita cidade está localizada na região do Baixo Alentejo, e é conhecida pelas suas paisagens pitorescas com planícies de perder de vista. É também famosa pelo seu património histórico, com destaque para o Centro Histórico, que conta com pormenores, como só o Alentejo tem.
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Ao quilómetro 640, no meio da planura alentejana, chegamos a Castro Verde. Terra de vagares, de gestos simples e puros é uma lindissima vila Alentejana situada no coração do chamado “Campo Branco”,rodeada por planícies do sul do Alentejo que encostam à serra do Caldeirão.
Repleto de um patrimônio histórico riquíssimo, foi perto da vila, que em 1139, se travou a lendária Batalha de Ourique, quando Dom Afonso Henriques derrotou os mouros e se tornou o primeiro Rei de Portugal.
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No quilómetro 661 temos Almodôvar, a última paragem por terras alentejanas, encontra-se na dourada planície, encostada à serra, marcando a transição entre o Alentejo e o Algarve. É uma vila medieval rica em património histórico com alguns edifícios seculares, com vestígios romanos e islâmicos, também é conhecida pela produção artesanal de cortiça, mel, queijos de cabra, enchidos, aguardente de medronho silvestre.
É uma vila caracteristicamente alentejana, pacata, histórica e tradicional, aqui ainda se vive típica serenidade serrana, longe do reboliço citadino.
Pelas ruas da vila encontramos algumas esculturas de Aureliano Aguiar, feitas de ferro velho, como as esculturas do Bombeiro, do Mineiro e do Sapateiro.
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Depois de Almodôvar faz-se a travessia da Serra do Caldeirão, aos poucos as longas rectas do Alentejo começam a dar lugar às inúmeras curvas, dizem serem 365, uma por cada dia do ano, sempre com vistas deslumbrantes da Serra do Caldeirão como pano de fundo. Para chegar ao maravilhoso litoral algarvio de praias idílicas há mesmo muita serra para atravessar. Este troço entre Almodôvar e São Brás de Alportel foi recuperado em 2003 e classificado como Estrada Património, assim alguns elementos mantêm-se como há 60 anos, como os marcos dos quilométricos (incluindo o km 666), as paragens de autocarro, as casas de cantoneiros e as placas de cimento com letras pretas sobre fundo branco.
Ao longo desse percurso passamos por Dogueno, a última povoação alentejana ...
...e pela Ponte da Ribeira do Vascão que separa o Alentejo do Algarve.
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Em plena Serra do Caldeirão ao passar na pacata aldeia do Ameixial, ao quilómetro 688, é impossível não reparar no seu casario ímpar .
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Depois de tantas curvas e contra curvas, no quilómetro 722, chegamos finalmente a São Brás de Alportel, terra onde se diz que "viver sabe bem”. Localizada no coração do Sotavento algarvio, encostada à Serra do Caldeirão, na paisagem encontramos a ondulação da serra, nas ruas as casas brancas com as típicas chaminés algarvias e na linha do horizonte avista-se o oceano. Esta terra serrana algarvia é muito rica em património histórico com uma herança romana e islâmica bastante evidente, quer pelos vestígios arqueológicos quer na toponímia. O legado do património natural não é menos rico e aqui em vez de encontrarmos a famosa água salgada algarvia encontramos as águas translúcidas nas suas ribeiras.
No cultivo predominam os sobreiros onde a sua cortiça são a marca essencial desta povoação.
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Já no concelho de Faro, ao quilómetro 730, passamos por Estói. Uma pequena vila que parece ter parado no tempo, muito charmosa e histórica , muito genuína, mantendo ainda as casinhas típicas pintadas de branco com os seus moradores na janela vendo a vida passar, as ruelas estreitas e tortuosas, a pracinha central como principal ponto de encontro e os cafés perdidos no tempo. As Ruínas da Villa Romana de Milreu são importantes vestígios da mais importante presença romana no Algarve, muito bem preservados e datados desde o século I. O Palácio do Visconde de Estoi é uma glamorosa jóia de estilo “Rococó” em pleno coração Algarvio, hoje uma linda Pousada, com um bonito conjunto de jardins espalhados em socalcos, interligados por escadarias, com fontes e esculturas.
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Chegamos ao destino final desta nossa aventura, Faro, uma cidade alegre e cosmopolita, onde se encontra o último quilómetro da nacional 2. Depois da rotunda, construída para melhor assinalar o fim da N2 no quilómetro 738, a estrada ainda se prolonga mais um pouco, sendo o seu o ponto final na Rua do Alportel, no quilómetro 738,5.
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