um insecto
Imagine-se um insecto e olhe para o céu em uma visão panorâmica, veja sua insignificância e mantenha sua humildade.
Guilherme Soares Matos
foto | Éfeso | agosto'17
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Imagine-se um insecto e olhe para o céu em uma visão panorâmica, veja sua insignificância e mantenha sua humildade.
Guilherme Soares Matos
foto | Éfeso | agosto'17
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo ...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
Cecília Meireles
foto | Son Bou - Menrca | agosto'17
Somos demasiado pequenos, somos muito pouco. Somos uma agulha de pinheiro diante de um incêndio, somos um grão de terra diante de um terramoto, somos uma gota de orvalho diante de uma tempestade.
José Luís Peixoto
foto | Acrópole de Atenas | agosto'17
Tudo é uma questão
de ponto de vista:
pra formiga, gota
de chuva é tsunami.
Matheus Rocha
foto | Atenas | agosto'17
Se te contentas com os frutos ainda verdes,
toma-os, leva-os, quantos quiseres.
Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos,
maduros, bonitos e suculentos,
deverás ter paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer.
Professor Hermógenes
foto | Son Bou - Menorca | agosto'17
Girassol que na retina
Da planície se dissolve.
És a cor mais repentina
Da aragem que te envolve.
Girassol que só te viras
Ao que não te fica perto
E só giras porque giras
Sobre o teu eixo secreto.
Girassol que sem volume
Volume que sem contorno
No despegar-se resume
Só a pressa do retorno.
Natália Corrreia
foto | Alagoa | agosto'17
texto | in "Antologia Poética - Natália Corrreia | D. Quixote | 2013
Arte Poética
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
Adília Lopes
foto | Kusadasi | agosto'17
O grande e o pequeno só existem quando vistos por uma consciência limitada.
Helena Petrovna Blavatsky
foto | Son Bou - Menorca | agosto'17
Há certos cactos que florescem
quando menos se espera.
Sei isso de ciência certa,
porque os tenho na minha varanda lisboeta
e os trato com o amor desprendido
de quem os plantou sem mira de recompensa.
A verdade é que nem todos
se limitam ao caule esférico ou anguloso
e às folhas cobertas de espinhos.
Alguns procuram ser gratos,
o que até rima com eles,
e oferecem-me flores.
Não acontece todos os anos
pela Primavera,
mas vá lá a gente entender os cactos.
Torquato da Luz
foto | Praia Son Bou - Menorca | agosto'17
3 regras:
PARADOXO
A vida é um mistério. Não perca tempo tentando entendê-la.
HUMOR
Tenha senso de humor. Especialmente sobre si mesmo. É a força por trás de toda atitude.
MUDANÇA
Nada permanece o mesmo.
foto | Serralves | junho'17
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