olhos que me olham
Paz aos olhos
que me olham
e risos aos
corações que
me acompanham.
Sirlei L. Passolongo
foto | Knossos - Creata | agosto'17
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Paz aos olhos
que me olham
e risos aos
corações que
me acompanham.
Sirlei L. Passolongo
foto | Knossos - Creata | agosto'17
O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.
Georges Braque
foto | Knossos - Creta | agosot'17
Vivemos convivemos resistimos
cruzámo-nos nas ruas sob as árvores
fizemos porventura algum ruído
traçámos pelo ar tímidos gestos
e no entanto por que palavras dizer
que nosso era um coração solitário silencioso
silencioso profundamente silencioso
e afinal o nosso olhar olhava
como os olhos que olham nas florestas
No centro da cidade tumultuosa
no ângulo visível das múltiplas arestas
a flor da solidão crescia dia a dia mais viçosa
Nós tínhamos um nome para isto
mas o tempo dos homens impiedoso
matou-nos quem morria até aqui
E neste coração ambicioso
sozinho como um homem morre cristo
Que nome dar agora ao vazio
que mana irresistível como um rio?
Ele nasce engrossa e vai desaguar
e entre tantos gestos é um mar
Vivemos convivemos resistimos
sem bem saber que em tudo um pouco nós morremos
Ruy Belo
foto | Acrópole de Atenas | agosto'17
Ouse, ouse... ouse tudo!!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!
Lou Andreas-Salomé
foto | Mykonos | agosto'17
Em frente ao Parlamento de Atenas, todos os dias de hora em hora, é feita a troca da guarda presidencial.
Os Evzones, é o nome das unidades de elite da infantaria do exército grego. Hoje, ele se refere aos membros da Guarda Presidencial, uma unidade de elite cerimonial que guarda o túmulo grego do Soldado Desconhecido, a Mansão Presidencial e o portão do quartel dos Evzones em Atenas. Os Evzones são conhecidos também, coloquialmente, como Tsoliades. Os Evzones foram estabelecidos oficialmente pelo Rei Otto Grécia em suas aparições oficiais.
Embora a Guarda Presidencial é uma unidade predominantemente cerimonial, todos os Evzones são voluntários do Exército, Infantaria, Artilharia e Corpo blindado. Evzones potencial são normalmente identificados nos centros de treinamento de recrutas do Exército durante o treinamento básico; há uma exigência mínima de altura de 1,86m para participar.
A unidade é famosa em todo o mundo pelo seu tradicional uniforme, que evoluiu a partir das roupas usadas pelos que combateram a ocupação otomana da Grécia. O item mais visível desse uniforme é a fustanella, uma peça de roupa como um kilt. Sua bravura e vestimenta peculiar transformou-os em uma imagem popular do soldado grego, especialmente entre os estrangeiros.
Através da história os batalhões de Evzones tornaram-se símbolos de bravura para o povo grego. Hoje em dia, os Evzones, chamados soldados da Guarda Presidencial, realizam missões simbólicas, protegendo o “Syntagma” (a Casa do Parlamento grego) e a casa do presidente.
fotos | Atenas | agosto'17
Se te contentas com os frutos ainda verdes,
toma-os, leva-os, quantos quiseres.
Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos,
maduros, bonitos e suculentos,
deverás ter paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer.
Professor Hermógenes
foto | Son Bou - Menorca | agosto'17
Girassol que na retina
Da planície se dissolve.
És a cor mais repentina
Da aragem que te envolve.
Girassol que só te viras
Ao que não te fica perto
E só giras porque giras
Sobre o teu eixo secreto.
Girassol que sem volume
Volume que sem contorno
No despegar-se resume
Só a pressa do retorno.
Natália Corrreia
foto | Alagoa | agosto'17
texto | in "Antologia Poética - Natália Corrreia | D. Quixote | 2013
Eu, que amei com verdadeiro amor cada pedra do meu caminho e, sobretudo, a pedra trabalhada pela mão do homem, o tijolo, a pedra da calçada, porque compreendi toda a amargura do trabalho, e para além desta amargura toda a beleza do trabalho, eu que surpreendi o segredo de cada palavra, de cada pedra que eu soube abrir como se abre uma ostra para lhe saborear o fruto acompanhando-o com vinho branco, eu que abri o pelo ouriçado das palavras novas com tesouras de claridade - moeda sonora batida na efíge do sol -, eu posso-vos dizer: amemos as palavras porque as palavras vêm dos nossos irmãos e a nossos irmãos regressam.
Acolhamo-las, pois, fraternalmente. Sejamos a encruzilhada, o centro incandescente donde elas ressurgirão mais novas, mais precisas, mais reais.
Com estas pedras que fiz cantar como um seixal, construamos belos edifícios onde viverá o pensamento. O pensamento habita a frase e anima-a como o caracol a sua concha. Cuidemos da nossa sintaxe, cultivemos o nosso vocabulário: não deixemos abrirem-se muros nem oxidarem-se os instrumentos. Jovens poetas, amemos esta bela linguagem e celebremos as núpcias das palavras como real.
André Liberati
foto | Cala Pregonda | agosto'17
texto | in " Voz Consoante - Traduções de Poesia" de António Ramos Rosa - Quasi Edições | 2006
Arte Poética
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
Adília Lopes
foto | Kusadasi | agosto'17
A única forma de chegar ao impossível é acreditar que é possível.
Lewis Carrol
foto | Cala Pregonda - Menorca | agosto'17
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